A segurança nas transações financeiras digitais deu um grande passo. Já está em vigor a **nova regra** que facilita a **devolução de Pix em caso de golpe** ou transferências indevidas. Esta medida visa dificultar a ação de criminosos e proteger o usuário que utiliza o sistema de **pagamento** instantâneo.
O foco central dessa mudança é o **Mecanismo Especial de Devolução (MED)**, que agora permite um **rastreamento** muito mais eficaz do **dinheiro** que saiu de sua conta em decorrência de fraudes. Entenda como essa ferramenta funciona e quando ela se torna obrigatória para todas as instituições financeiras.
O Mecanismo Especial de Devolução (MED): A Nova Regra do Pix
O **Mecanismo Especial de Devolução (MED)**, embora existente desde 2021, foi aprimorado para combater uma tática comum utilizada por **golpistas do Pix**: a rápida pulverização dos valores. O objetivo da **nova regra** é garantir que, mesmo que o fraudador movimente o valor rapidamente, o **dinheiro** possa ser recuperado.
Pontos Chave da Mudança:
- Rastreamento de Transferências: O MED agora permite **rastrear o dinheiro** mesmo após sucessivas transferências feitas pelo fraudador para mascarar a origem do valor.
- Devolução de Pix de Terceiros: Será possível fazer a **devolução do dinheiro** a partir de outras contas envolvidas no crime, e não apenas da conta originalmente utilizada na fraude.
- Prazo de Atendimento: As informações sobre a transação serão compartilhadas rapidamente entre os participantes, permitindo a **devolução de recursos** em até 11 dias após a contestação, de acordo com o Banco Central (BC).
A Evolução da Devolução: Como Funcionava Antes e Depois
A principal falha do sistema anterior estava na lentidão e limitação do processo. Antes, a **devolução dos recursos** era feita apenas a partir da conta originalmente utilizada na fraude. O grande problema é que, como os **fraudadores** retiram rapidamente os recursos e os transferem para outras contas, quando o cliente fazia a reclamação, o mais comum é que a conta já estava **esvaziada**.
Com a **nova regra em vigor**, esse cenário muda drasticamente. O compartilhamento de informações entre as instituições de **pagamento** participantes permite que o **rastreamento** seja contínuo, bloqueando o valor mesmo que ele já esteja na segunda, terceira ou quarta conta de destino.
Esta atualização é fundamental para dar mais segurança ao usuário e reforça o compromisso do sistema financeiro em dificultar a ação dos **golpistas do Pix**.
Quando o Serviço se Torna Obrigatório?
Por enquanto, a adesão ao novo serviço de **rastreamento** e **devolução do Pix** é opcional aos bancos e instituições de **pagamento**. No entanto, o Banco Central já estabeleceu um prazo: a partir de **2 de fevereiro de 2026**, a funcionalidade de **devolução do Pix** através do **Mecanismo Especial de Devolução (MED)** vai se tornar **obrigatória para todos** os participantes do sistema.
Limitações Importantes do MED
É crucial entender que o **Mecanismo Especial de Devolução (MED)** só pode ser usado em caso comprovado de **fraudes** ou de erros operacionais da instituição financeira. A ferramenta **não pode ser usada** para:
- Desacordos comerciais (compra e venda).
- Casos entre terceiros de boa-fé.
- Envio de **Pix** para a pessoa errada por **erro de digitação** de uma chave do próprio usuário pagador.
Nesses casos de erro do usuário ou desacordo, a solução ainda depende da negociação direta entre as partes ou das vias judiciais, reforçando a importância de sempre checar os dados antes de finalizar o **Pix**.
A **nova regra** de **devolução do Pix em caso de golpe** é um avanço na **segurança** e um passo firme no combate às **fraudes** financeiras no Brasil.

